Rodrigo Sith Lord

Thursday, March 09, 2006

Resenha - 8 - Anti-herói americano


Dirigido pela dupla, Robert Pulcini e Share Springer, Anti-herói americano é um filme bastante diferente.
Nele, acompanhamos a vida monótona de Harvey Pekar, um homem compulsivo obsessivo, melancólico, pessimista meio mal humorado e com enormes problemas de organização. Além de tudo isso ele começa o filme com um problema na garganta que o tira a voz e sua mulher o abandona. Passamos então a acompanhar sua rotina como arquivista de um hospital.
Usando como inspiração, um amigo que se deu bem na vida, e um obituário que ele encontra nos arquivos, ele resolve tomar uma providência: escrever uma história em quadrinhos, onde o personagem principal é ele. Na sua HQ, chamada American Splendor, Pekar não inventa nada, ele somente ilustra o que realmente acontece em seu dia-a-dia , utilizando seus amigos como personagens secundários.
Sua HQ o torna numa celebridade, mas não o traz muito dinheiro, obrigando-o a continuar trabalhando no hospital.
Vamos ao grande barato do filme. Essa história pode parecer meio chata de se ver contada, concordo, mas como ela é contada é o grande diferencial.
Na verdade Harvey Pekar, realmente existe, toda essa história é verdadeira, e o melhor... ele e seus amigos aparecem durante o filme para comentar alguns pontos. Esse recurso se mostrou bastante interessante, pois temos boas interpretações que acreditamos que possam estar meio forçadas, mas logo depois da cena aparece Pekar e um de seus amigos de verdade comentando sobre sua amizade, e vemos que a caracterização é perfeita, por mais absurda que pareça.
Além de juntar os atores com as pessoas reais, ainda aparecem as ilustrações de Pekar se movendo no filme, como em Uma cilada para Roger Rabbit, mas sem o tom de fantasia deste filme. Infelizmente essas HQs são inéditas no Brasil.Um filme muito interessante e divertido, que nos prende pela sua criatividade e veracidade. Imperdível.

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